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terça-feira, 22 de junho de 2010

Literatura da Argentina

A Literatura da Argentina, o conjunto de obras literárias produzidas por escritores da República Argentina, é uma das mais prolíficas, relevantes e influentes da América Latina, com escritores de renome como Jorge Luis Borges, Julio Cortázar, Leopoldo Lugones e Ernesto Sabato.

O primeiro relato que merece, para muitos críticos, o nome de relato "fundador" da literatura argentina foi escrito antes de meados do século XIX, por Esteban Echeverría (1805-1851), escritor e político liberal, de tendência romântica. O conto "O matadouro", que descreve uma cena brutal de tortura e assassinato nos matadouros de gado de Buenos Aires, é de um estilo realista infrequente na época. Echeverría escreveu também o poema "A cativa", de ambiente rural, mas de estilo culto e com complexas resoluções metafóricas e sintáticas.
Em 1845, Domingo Faustino Sarmiento, escritor e político que chegaria à Presidência da Nação Argentina, tinha publicado "Facundo", sobre o caudilho estadual Facundo Quiroga, a quem descreve agudamente e, ao mesmo tempo, pinta como símbolo e representação da barbárie, à qual Sarmiento opunha ao progresso e à civilização. Para a crítica, "Facundo" é também um livro inaugural da literatura argentina.
Em 1872, José Hernández publica - em duas partes - seu poema "O gaúcho Martín Fierro", elogiado como "o Don Quixote" dos argentinos e assinalado como compêndio da argentinidade pelos setores nacionalistas. A obra narra as desventuras de um gaúcho recrutado à força para a guerra contra o índio. Sendo vítima de arbitrariedades, ele se torna desertor, e depois assassino e ladrão. Voltando à civilização - tema da segunda parte da obra - pronuncia uma série de máximas a seus filhos e reflexões sobre as penúrias de seus compatriotas, os gaúchos, párias do pampa.
Rodolfo Fogwill é um dos escritores argentinos contemporâneos mais populares.